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Interlinguistas

Wilhelm Ostwald

Wilhelm Ostwald (Fonte: Wikimedia Commons)

Wilhelm Ostwald (1853-1932) foi prêmio Nobel de química em 1909 pelos seus trabalhos sobre catálise, equilíbrio químico e velocidade das reações químicas. Foi esperantista, membro da Délégation e posteriormente apoiador da ido.

Além de químico destacado, Ostwald foi um dedicado esperantista e fundador de diversas associações de esperanto em várias cidades nos Estados Unidos quando de sua estada lá em 1905. Com sua aposentadoria precoce, em 1906, passa a dedicar parte de seu tempo e dinheiro à causa das línguas auxiliares. Doou o valor ganho com o prêmio Nobel à ido e fundou seu jornal mais conhecido, o Progreso.

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Associações Interlinguística

Délégation pour l’adoption d’une langue auxiliaire internationale

Délégation pour l’adoption d’une langue auxiliaire internationale constituiu-se em 1901 por iniciativa de Louis Couturat (1868-1914) e Leopold Leau (1868-1943), ambos matemáticos franceses, como um grupo de intelectuais de diversos países que tinham por objetivo eleger, dentre as várias auxilínguas propostas até então, aquela que seria a mais adequada para adoção internacional.

Apesar de em 1906 contar com o apoio de mais de 1200 intelectuais e cientistas de mais de 300 sociedade científica de diversos países, a Délégation termina seus trabalhos, em 1907, com um impasse, com o surgimento da ido e com a maior cisma que o movimento esperantista conheceu em sua história.

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Interlinguistas

Louis de Beaufront

Louis de Beaufront (Fonte: Wikimedia Commons)

Louis Chevreux (1855-1935), conhecido como o marquês Louis de Beaufront, foi o principal esperantista francês do inicio do século XX e um dos primeiros apoiadores da ido.

De Beaufront foi eleito membro da Délégation pour l’adoption d’une langue auxiliaire internationale inicialmente para defender o esperanto sem modificações, mas acabou defendendo a ido como uma alternativa melhorada. Esse gesto ocasionou a chamada crise da ido, e deu início à maior cisma até hoje ocorrida dentro do movimento esperantista.

Escreveu a Kompleta Gramatiko Detaloza (Gramática completa e detalhada) da ido, ainda hoje uma referência para os estudantes dessa auxilíngua.

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Interlinguistas

Jan Baudoin de Courtenay

Jan Baudoin de Coutenay. (Fonte: Wikimedia Commons)

Jan Baudoin de Courtenay (1845-1929) foi um eminente linguista e eslavista polonês. É conhecido por ser um dos criadores da fonologia moderna, principalmente pelo seu estudo da alofonia.

Jan Courtenay foi um dedicado esperantista, presidente da Liga Polonesa de Esperanto. Defendeu o esperanto na Délégation pour l’adoption d’une langue auxiliaire internationale, posicionando-se contra a ido, a qual via, em muitos aspectos, como uma degradação do esperanto.

 

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Conlínguas Interlinguística

Conlínguas

“The history of invented languages is, for the most part, a history of failure” (Okrent, 2009, p.12)

“A história das línguas inventadas é, em sua maior parte, uma história de fracasso”. Assim escreveu a linguista norte-americana Arika Okrent em seu interessantíssimo, bem escrito e muito bem fundamentado livro In the land of invented languages. Um livro de divulgação escrito como deve ser: cheio de histórias, anedotas, fofocas espirituosas e muita informação de qualidade. Arika Okrent criou uma incomum e rara referência para todos os que desejam se introduzir no mundo das conlínguas (línguas construídas, uma adaptação do inglês conlangs), e conhecer um pouco desse nicho da interlinguística.

A interlinguística nasceu oficialmente com esse nome em 1911, assim nomeada pelo estenógrafo e linguista belga Jules Meysmans (1870-?). É, atualmente, um dos ramos acadêmicos da linguística. Mas sua origem, antes de seu batismo, ocorreu há cerca de 1000 anos, pelas mãos da abadessa Hidergard von Bingen (1098-1179), com sua misteriosa Lingua Ignota.

Desde então, linguistas amadores geniais, com profundas intuições acerca do que é uma língua e qual é sua função, floresceram nos 4 cantos do mundo. Filhos de seu tempo, esses criadores nos legaram verdadeiras obras de arte do pensamento, pérolas da criação intelectual que ainda hoje espantam e fascinam os interessados por línguas artificiais, como as conlínguas eram há pouco conhecidas.

Arika Okrent conseguiu escrever um livro que não cansa e que diverte enquanto instrui. Mas… as história das línguas inventadas é mesmo uma história de fracassos? É no sentido de questionar essa afirmação que escrevemos esta série de postagens dedicadas ao universo em expansão, a cada dia mais especializado e com mais e mais adeptos, das línguas construídas.

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