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Speedtalk

Speedtalk

Speedtalk é uma artelíngua apenas esboçada no conto Gulf (1949) do escritor de ficção científica norte-americano Robert Heinlein (1907-1988). É também considerada uma logilíngua, dada sua natureza essencialmente lógica.


No conto Gulf, precursor do livro Friday (1982), encontramos a descrição de uma sociedade avançada de super-humanos – homo novis – que usavam uma língua chamada speedtalk. Cada palavra dessa língua consiste em apenas um fonema, e aquilo que chamamos de palavra equivale a uma oração inteira em português. Os super-humanos que falavam speedtalk pensariam mais rapidamente em virtude da concisão e precisão de sua língua. Isso faria com que pudessem acumular séculos de experiência e aprendizado em apenas poucas décadas de vida.

A língua parece ser muito interessante, mas as escassas indicações de Heinlein em seu conto não nos mostram muito. O que sabemos é que a speedtalk teria cerca de 850 fonemas, um para cada palavra da Basic English, e toda comunicação ocorreria através de uma combinação inteligente desses sons.

O exemplo que temos da speedtalk ocorre por volta da metade do conto. É um diálogo, sem tradução, entre duas vozes, uma masculina e outro feminina, ouvidas por Joseph Gilead, o protagonista:

Masculina: “tsʉmaeq?”
Feminina: “nø!”
Masculina: “zʊlntsɨ.”
Feminina: “ɨpbit’ New Jersey.”

O restante do livro não indica o que isso significa, mas diz que Gilead não pôde entender a conversa por causa das “limitações dos símbolos fonéticos, e segundo porque seus ouvidos não eram acostumados aos sons”.

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Geral

24 jaroj poste

Antaŭ iom pli ol 24 jaroj, mi komencis legi tiun grandegan brikegon, la vaste faman Plenan Analizan Gramatikon (PAG). Hodiaŭ, post ioma hezitado, mi denove prenis ĝin en la manoj kaj ĝin trafoliumis, paŭzante tie kaj tie por legi unun aŭ alian alineon.

Mi estas konvinkita, ke esperanto tute ne estas facila lingvo. Mi diras tion tute trankvile, sen timo esti iu hereziulo, kiu ne povas eĉ mencii la malfacilaĵojn de ĝia lernado. Jes ja, ankoraŭ hodiaŭ, tiel kiel multaj aliaj esperantistoj, mi vidas min en situacio reveni al la studado de la lingvo, ne pro tio, ke mi ĝin ne scipovas, sed pro tio, ke mi ĝin neperfekte komprenas.

Legi la PAG-on povas esti timige, ĉar fakte ĝi ne estas manlibro por mastri la lingvon, sed plena kurso pri europa lingvistiko, farita de du lingvistoj el la latina tradicio. La PAG estas por profesiuloj, ne por la simpla esperantisto, kiu volas nur paroli kaj komunikiĝi per la lingvo.

Mi estas ankaŭ konvinkita, ke la tuta afero pri artefaritaj lingvoj kaj la estonta adopto de iu el ili, eble esperanto mem, ne estos facila afero. La komunumo emas kreski, malgraŭ la batoj, sed ne trapasos la limon de niĉo por lingvo-amantoj.

Sed la emocio legi PAG-on por la unua fojo ankoraŭ restas kara en mia koro…

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Interlinguistas

René de Saussure

René de Saussure (Fonte: Wikimedia Commons)

René de Saussure (1868-1943) foi um matemático suíço, irmão mais novo do famoso linguista Ferdinand de Saussure (1857-1913).

De Saussure foi um dos fundadores da interlinguística moderna, à qual contribuiu com seu famoso princípio da necessidade e suficiência, acerca da composição de palavras em esperanto. Foi membro da Academia de Esperanto e trabalhou em diversos projetos de sua reforma, em especial o Antido, posteriormente chamado de Nov-Esperanto.

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Interlinguistas

Wilhelm Ostwald

Wilhelm Ostwald (Fonte: Wikimedia Commons)

Wilhelm Ostwald (1853-1932) foi prêmio Nobel de química em 1909 pelos seus trabalhos sobre catálise, equilíbrio químico e velocidade das reações químicas. Foi esperantista, membro da Délégation e posteriormente apoiador da ido.

Além de químico destacado, Ostwald foi um dedicado esperantista e fundador de diversas associações de esperanto em várias cidades nos Estados Unidos quando de sua estada lá em 1905. Com sua aposentadoria precoce, em 1906, passa a dedicar parte de seu tempo e dinheiro à causa das línguas auxiliares. Doou o valor ganho com o prêmio Nobel à ido e fundou seu jornal mais conhecido, o Progreso.

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Associações Interlinguística

Délégation pour l’adoption d’une langue auxiliaire internationale

Délégation pour l’adoption d’une langue auxiliaire internationale constituiu-se em 1901 por iniciativa de Louis Couturat (1868-1914) e Leopold Leau (1868-1943), ambos matemáticos franceses, como um grupo de intelectuais de diversos países que tinham por objetivo eleger, dentre as várias auxilínguas propostas até então, aquela que seria a mais adequada para adoção internacional.

Apesar de em 1906 contar com o apoio de mais de 1200 intelectuais e cientistas de mais de 300 sociedade científica de diversos países, a Délégation termina seus trabalhos, em 1907, com um impasse, com o surgimento da ido e com a maior cisma que o movimento esperantista conheceu em sua história.